quarta-feira, 26 de maio de 2010

Oswald de Andrade abre as portas para Euclides da Cunha



Estamos no quinto capítulo de nossa jornada. Muitas
histórias pra partilhar.
Histórias de viagens, de encanto, de emoção. As
Caravanas Euclidianas nos surpreendem a cada novo
encontro nas escolas.
Nos dias 21 e 22 de maio, foi o CIEP Oswald de Andrade, em
São João de Meriti, que recebeu de portas abertas as nossas
Caravanas. A convite da assessoria de imprensa das Caravanas,
a TV Futura estava lá, documentando nossa visita.
No primeiro dia, a meninada fez a primeira descoberta:
o samba-enredo "Os Sertões", de nosso querido Edeor de
Paula.
No final, todos já estavam cantando juntos.
Depois, o filme " A Paz é Dourada", de Noilton Nunes, foi exibido
e...mais descobertas.
Quem ministrou a oficina, no dia 22, foi um dos parceiros que
as Caravanas encontrou em suas veredas, o professor Augusto.
Grande estudioso da memória da Baixada Fluminense, sua
participação tem sido valiosa. Imensurável.


Professor Augusto, com a mesma dedicação que o move nas salas
de aula dia a dia, explica sobre a vida e obra de Euclides da Cunha
aos participantes da Oficina.



E os alunos, atentos, ouvem o professor Augusto.

Veja as Caravanas Euclidianas em São João de Meriti

A equipe das Caravanas esperava a chegada de três escolas.
Delas, infelizmente duas não puderam comparecer.
De toda maneira, no dia da Oficina foi hora de reunir
os participantes e ir para campo, documentar o Homem,
a Terra e a Luta de São João de Meriti.


Ao melhor estilo "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça",
durante as oficinas os alunos vão a campo para mostrar o que
conhecem de sua cidade. E redescobri-la.


São João de Meriti tem uma história dividida. Ao mesmo
tempo que carrega a alcunha de "formigueiro da América
Latina", por ter a maior densidade demográfica e a menor
área verde por habitante, foi refúgio de João Cândido, o almirante
negro da canção "Mestre-Sala dos Mares", de João Bosco.
O Almirante foi líder inconteste da Revolta da Chibata e conseguiu
libertar marinheiros dos castigos corporais violentos que se aplicavam
na época (1910). Sua família vive até hoje lá.
E não é só de João Cândido que vive a São João. Ainda hoje há
personagens que lutam por seu espaço na cidade. Carol, cabeleireira,
faz incríveis desenhos nos cabelos. Seu trabalho encanta, também,
a Zona Sul do Rio de Janeiro. Às terças-feiras, Carol promove as Terças
Culturais e propaga o orgulho da identidade negra.


A arte da cabeleireira Carol.

Carol, os professores e os alunos de São João de Meriti que
participaram das Caravanas Euclidianas vão nos deixar
com muitas saudades.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Teresópolis, "terra de luz e de amor", recebe as Caravanas Euclidianas



Teresópolis, "cidade de Teresa", e que de Teresa -
dizem - nunca foi, nos dias 14 e 15 de maio foi do
grupo participante das Caravanas Euclidianas,
que aconteceram na Casa de Cultura (sexta-feira)
e no Colégio Estadual Euclydes da Cunha (sábado).
No primeiro dia, a chegada das Caravanas, abertura
da Exposição -ecologicamente impressa em tecido
de algodão! - o filme sobre a vida de Euclides
dirigido por Noilton Nunes seguido de debates sobre
o escritor que desvendou o Brasil, e para fechar a
noite o samba-enredo "Os Sertões", com nosso Edeor
de Paula, seguido da banda do Colégio e de um super
coquetel, oferecido pela escola Euclydes da Cunha.

Veja as Caravanas Euclidianas em Teresópolis. Clique aqui!

No segundo dia, ao som da Banda Marcial
que ensaiava no pátio da escola, quem desvendou a
cidade foram os alunos e professores que participaram
das oficinas. Cada grupo trouxe sua experiência de ter ido a
campo explorar e documentar em audovisual os temas
propostos pelos organizadores das Caravanas.
Havia teresopolitano muito contente por constatar,
depois da oficina, que não conhecia tão bem sua própria
cidade. É bom (re)descobrir o lugar onde a gente mora.

E as Caravanas em Teresópolis continuam...clique aqui!

Nossos grandes parceiros, é claro, estavam lá. O professor
Augusto, de Caxias , que nos ajuda a reunir os professores
dinamizadores a cada canto que as Caravanas passam;
e o professor Nilson, que se tornou, depois de Queimados,
um amigo das Caravanas. Participa ativamente de todos
os nossos encontros, contando sua história e a de seu povo.


Os participantes das oficinas ouvem, atentos, Noilton Nunes

As Caravanas abrem espaço para a reflexão.
Os alunos, visivelmente encantados, deixam a
emoção falar mais alto na hora de contar aos colegas
a sua opinião sobre o acontecimento.
Com um exemplar de "Os Sertões", cada um deles
prometeu ler (ou reler) com outros olhos.
Regina Abreu desafia: quem achar interessante, pode
desenvolver um texto sobre o que viu em sua cidade
durante a oficina e experimentar esse trabalho de
escritor-documentarista-historiador-antropólogo-
engenheiro-jornalista que Euclides desempenhou.


Professora Regina Abreu, que leva nas Caravanas sua paixão
por Euclides da Cunha


Delmo Ferreira, coordenador de eventos do
Colégio Estadual, apregoa: "O professor do quadro e
do giz morreu". É preciso ter dinamismo, trazer outras
formas de ensinar para enriquecer a sala de aula.
E Regina completa, dizendo que o aluno desinteressado
que senta na última fileira de cadeiras está também
dando lugar a um outro, mais questionador,
mais participativo e, sobretudo, mais ávido de saber.


Em primeiro plano, Delmo Ferreira:
"O professor do quadro e do giz morreu".


As Caravanas Euclidianas uniram Teresópolis.

Próxima parada: São João de Meriti

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Maré - A arte de viver no Conjunto Esperança



Uma comunidade dentro de outras inúmeras
comunidades. Assim é o Complexo da Maré.
Assim é mais um dia das Caravanas Euclidianas,
que leva Euclides da Cunha e traz mais sobre a
história de cada comunidade visitada: sua Luta,
seu Homem e sua Terra.
Cada lugar, uma experiência diferente. Um povo
diferente, de costumes diferentes, mesmo
sendo ainda o mesmo Rio de Janeiro.



Caravanas Euclidianas na Maré. Clique aqui!

As Caravanas desembarcaram no Museu da Maré,
um oásis de conhecimento. Através de fotos e cenários
montados, o Museu conta a história do Complexo desde
a chegada de seus primeiros moradores, "marcados
pela própria natureza" - apropriando-nos de um trecho
do primoroso samba de Edeor de Paula sobre "Os Sertões".



Dessa vez, o vento foi o principal inimigo.
Como encontrar um local onde expor os banners
das Caravanas sem que eles voassem? O segredo
é improvisar. E foi nos arames farpados dos
muros do Museu que os banners ficaram.



Simplicidade na Maré, palavra-chave. Como é
bom conhecer "a vida como ela é".
Pessoas que trabalham em busca do amanhã,
correm dia e noite, lutam.
E por falar em luta, para uma das moradoras
que participou das Caravanas, "Os Sertões" lembram
a luta da Maré, lembram a busca de um povo por
uma vida melhor.
E na Maré, há o CEASM, um outro oásis com curso
de pré-vestibular, idiomas, Informática e muito mais.



Há também a TV local, organizada pelos moradores,
no intuito de preservar a memória de um povo
tão numeroso e de tanta riqueza.